segunda-feira, 14 de maio de 2012

PIRATAS PIRADOS (2012), de PETER LORD - 13.05.2012

Este filme de animação pela técnica stop motion diverte, mas não muito.
Por ossos do ofício paterno, fui ao cinema, mas não gostei do filme - aliás, meu filho de dois anos também não gostou, o que me parece um bom indicativo. 
Estamos às voltas como o "Capitão Pirata", o líder de um bando de piratas não muito bem-sucedidos. 
O Capitão, em baixa, resolve competir novamente pelo prêmio de Pirata do Ano - competição em que sempre foi fragorosamente derrotado - e em princípio não tem chance alguma, o que fica demonstrado ao se encontrar na Ilha do Sangue com seus competidores, muito mais expertos na arte de saquear. 
Após várias tentativas frustradas de saques (um navio-fantasma, outro de naturistas, outro ainda com crianças em um "cruzeiro de estudos" - boa ironia), a trupe se depara com o navio-expedição de Charles Darwin, ainda jovem, e ali o cientista nota que o "papagaio gordo" do Pirata era, em verdade, um dodô, espécie de ave que já então estava extinta, e que essa descoberta, se apresentada no Encontro da Royal Society, poderá gerar uma "riqueza enorme". O pirata vislumbra nessa oportunidade sua chance de ganhando essa riqueza, ganhar o "Pirata do Ano".
Chegando a Londres - terra indesejada para os piratas, pois a Rainha Vitória os odeia - na reunião da feira de ciências, realmente a posse da ave extinta dá ao pirata o maior prêmio - para grande inveja de Darwin, que já tentara por todos meios obter para si a honraria, inclusive tentando furtar a ave - mas este evidentemente não é dinheiro, frustrando o pirata.
Nesse ínterim, a Rainha Vitória se interessa pela ave, a propósito de cuidar do animal, instalando-o no zoológico real, e para tanto, convence o Capitão a vendê-la o Dodô, por uma grande fortuna em tesouros ingleses.
Apesar de apegado ao seu pássaro, o Capitão se vê tentado pelo tesouro e faz a troca da ave pelo monte de dinheiro, e embora vença o prêmio de "Pirata do Ano", que logo perde, ao ver um pirata inimigo demonstrar que ele havia sido perdoado pela Rainha, e, se perdoado - ou não mais perseguido pela monarca, pirata ele não é, também perde o apoio de sua tripulação, que o abandona.
Para reconquistar o que perdeu, parte em busca do Dodô, mas quando chega ao zoológico real, descobre, ao ouvir de um consternado Darwin, que o pássaro será apreciado como uma refeição para altos dignatários que se regozijam de saborear animais raros, quase extintos, em um cruzeiros no Queen Victoria I - um transatlântico "moderno", digamos. 
Após recuperar seu "papagaio" e o respeito de sua tripulação, ainda dá conselhos a Darwin - deixar a barba crescer, p.ex., além de ter dado uma "dica" sobre a teoria da evolução, e se não me engano, recupera o prêmio de pirata do ano - a essa altura eu já tinha perdido o interesse (e a atenção, portanto) no filme há muito. 
Nota IMDB - 7. Dou um 5.