domingo, 22 de dezembro de 2013

MAMA (2013), de ANDRÉS MUSCHIETTI - 20.12.2013

Um executivo envolvido em uma grande crise de sua empresa resolve se suicidar, após matar sua mulher. Vai para uma cabana (mal-assombrada, diga-se), no meio do nada, e antes de se suicidar tenciona matar suas filhas, mas é impedido - e morto por uma entidade sobrenatural.
As meninas, de aproximadamente 6 e 2 anos, ficam desamparadas, mas começam a ser cuidada pelo espírito que habita a residência, e tratadas apenas com cerejas.
Cinco anos se passam até que as meninas sejam encontradas, e elas são praticamente animais, andando sobre quatro patas. Levadas a um psiquiatra, é feito o diagnóstico de dissociação da sociedade, mas com possibilidade de recuperação.
A guarda das meninas é concedida ao tio - irmão do empresário morto pela entidade - que é namorado de uma música metida a punk (vivida por Jessica Chastain - ganhadora do Globo de Ouro, duas vezes nominada ao Oscar, o que torna inexplicável entrar numa bomba dessas), que também terá de auxiliar na reeducação das meninas.
Junto às meninas, o espírito (que as meninas chamam de Mama, às escondidas) vem para a casa de seu tio. 
O filme se divide entre a investigação do psiquiatra (um quase-sósia de Tony Shalhoub), que a par de ser psiquiatra passa a acreditar na existência de algo sobrenatural, e descobre, com base em sessões de hipnose, a história do espírito, chegando a conclusão de que se trata de uma maluca do século XIX que se matou, levando junto uma criança. O médico será morto na cabana mais tarde, e as dificuldades da adaptação das meninas.
Annabel (Chastain) é muito resistente a ajudar na criação das meninas, enquanto Lucas, embora muito amoroso e responsável por não cessar a busca por seu irmão e sobrinhas durantes os cinco anos de desaparecimento, logo é quase morto pelo espírito de "Mama", ficando no hospital durante boa parte do filme, pelo que a ação se centra nas meninas e em Annabel.
A menina mais velha (desculpe-me, Graciliano) é mais receptiva à nova família, enquanto a menina mais moça (de novo, desculpas) é mais resistente e muito mais apegada à Mama. As meninas fazem um pacto com sua "mãe", pela não-agressão a Annabel, mas nem tudo corre como esperado.
O que está acontecendo às meninas é sabido pelo psiquiatra em razão da hipnose; Annabel e Lucas têm revelações em sonhos. Quando as meninas estão mais acostumadas à vida familiar, as meninas são "sequestradass" por Mama, e todos são levados - pelas visões, principalmente - ao lugar em que a maluca (Edith) suicida so Século XIX matou-se e levou consigo seu bebê, a quem perdeu no ato do suicídio - eis que a criança ficou presa em uma árvore, e não morreu afogada junto de sua mãe - eis a explicação, Mama está vagando por aí porque perdeu seu bebê, que não encontrou no mundo dos mortos, digamos.
Temos então o epílogo, em que a entidade sobrenatural tenta repetir o suicídio com suas duas novas filhas, mas é impedida por Annabel. Na última hora, a menina mais moça opta por ficar com Mama, enquanto a mais velha resolve abandoná-la, e ficar em sua nova vida. A entidade desaparece com a menininha, que durante todo o tempo esteve mais afeiçoada a ela, nunca tendo realmente se adaptado à nova vida.

Se o filme de terror é antes de tudo o suspense, a tensão, o que não se vê, o filme é um fracasso total, pois não há tensão, mas apenas cenas típicas de filmes em que o espírito aparecer do nada para criar alguns sustos.  O curta-metragem que deu origem ao filme é muito superior, ainda que só dure 3 minutos.

Nota IMDB - 6.2. Nem a pau. 3 ou 4 já tá bom demais. Só veja se não tiver nada mais a fazer.